A alimentação consciente e a alimentação intuitiva são abordagens diferentes, mas que muitos pensam ser a mesma coisa. Embora os dois se complementem e tenham sobreposições significativas, existem algumas diferenças importantes.
Ambas as abordagens não prescrevem um padrão alimentar específico, mas enfatizam a conscientização de nossas sugestões internas para ajudar a tomar decisões sobre alimentação.
Em outras palavras, a alimentação consciente e a alimentação intuitiva não tratam de mudar os tipos ou quantidades de alimentos que alguém come. Em vez disso, se concentra em como uma pessoa se envolve com a comida, seu corpo e a experiência de comer.
Para detalhar essa diferença entre alimentação consciente e alimentação intuitiva, compartilho o artigo abaixo. Siga a leitura e tire suas dúvidas!
O que é alimentação intuitiva?
A alimentação intuitiva é frequentemente usada de forma intercambiável com a alimentação consciente. A alimentação intuitiva foi originalmente definida pelas nutricionistas Evelyn Tribole e Elyse Reschdois em 1995.
Elas descreveram dez aspectos da alimentação intuitiva, incluindo rejeição de dietas, desencorajamento de rotular alimentos como ruins, incentivo para honrar a fome e permitir a satisfação com a ingestão de alimentos.
Em outras palavras, a alimentação intuitiva encoraja as pessoas a rejeitar a “mentalidade da dieta”.
A mentalidade da dieta é o processo de confiar em fatores não fisiológicos para orientar a alimentação, em vez de confiar no sistema biológico de autorregulação.
A alimentação intuitiva é comer com foco intencional na fome fisiológica e nos sinais de saciedade, em vez de sinais externos para orientar a ingestão.
Sinais externos podem incluir emoções, disponibilidade de comida, ver ou sentir o cheiro da comida e ambientes sociais onde comer é encorajado.
Os exercícios de alimentação intuitiva envolvem o treinamento de uma pessoa para se concentrar em responder às sensações físicas para determinar as necessidades do corpo.
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O que é a alimentação consciente
A alimentação consciente significa prestar atenção à comida e seus efeitos sobre seus pensamentos, sentimentos, fome e saciedade enquanto come, e perceber como eles mudam conforme você come.
É usado para fazer escolhas alimentares conscientes, para desenvolver uma consciência de sinais físicos versus psicológicos de fome e saciedade e para comer saudavelmente em resposta a esses sinais. Para entender melhor a alimentação consciente e como aplicá-la, precisamos discutir um pouco sobre sua origem.
A atenção plena é uma prática baseada no budismo zen e tornou-se uma forma popular de autoacalmar e mudar comportamentos alimentares. O termo “atenção plena” foi definido por Jon Kabat-Zinn como “prestar atenção de uma maneira particular, de propósito, no momento presente e sem julgamento”.
Baer, Smith, Hopkins, Krietemeyer e Toney (2006) apresentaram evidências de que a atenção plena consiste em cinco facetas: observar, descrever, agir com consciência, não julgar e não reagir.
- Observar refere-se a prestar atenção às sensações internas e externas.
- Descrever refere-se a rotular pensamentos e sentimentos com palavras.
- Agir com consciência refere-se a manter o foco nas atividades do momento presente e agir deliberadamente.
- Não julgar refere-se a aceitar pensamentos e sentimentos sem avaliá-los.
- A não-reatividade refere-se a deixar pensamentos e sentimentos irem e virem sem reagir a eles.
Ligação com a perda de peso
Ao mesmo tempo, a recuperação do peso perdido continua sendo um obstáculo no combate à obesidade, caracterizando adesão inadequada às prescrições dietéticas e de exercícios. Os pesquisadores descobriram que há duas razões principais para isso:
- Nossa predisposição biológica para preferir alimentos com alto teor calórico e gasto mínimo de energia
- A exposição constante a um ambiente “obesogênico” (como estar cercado por alimentos altamente calóricos facilmente acessíveis e dispositivos que economizam trabalho)
Assim, a combinação de nossa biologia e nosso ambiente torna muito difícil aderir às prescrições dietéticas e de atividade física. Com base no exposto, foi desenvolvido um tratamento comportamental baseado na aceitação para a obesidade, cujo principal componente é a tomada de decisão consciente.
Tomada de decisão sobre os alimentos
A “tomada de decisão consciente” é uma habilidade que envolve garantir que as decisões sobre alimentação e atividade física sejam tomadas deliberadamente com base em objetivos e valores de longo prazo, em vez de “sem pensar”, onde reagimos automaticamente a sugestões internas e externas de alimentação e atividade física.
Os desenvolvedores dessa terapia também afirmam que aprender e praticar essas habilidades facilita a manutenção a longo prazo dos comportamentos de controle de peso, mesmo diante de forças contrárias.
Portanto, a alimentação consciente pode ser considerada um processo como a tomada de decisão consciente.
Alimentação consciente e alimentação intuitiva no emagrecimento
Até agora, os dados da pesquisa mostram que a alimentação consciente parece ser uma intervenção eficaz para o controle de peso. Isso é ainda mais visível entre pessoas com hábitos alimentares desordenados, como compulsão alimentar e alimentação emocional ou restritiva.
Quando comparado a nenhuma intervenção, a alimentação consciente demonstrou produzir perda de peso significativa. Quando comparado aos programas convencionais de perda de peso, foi demonstrado que produz resultados iguais.
Por isso, os pesquisadores estão otimistas sobre uma melhor manutenção dos resultados a longo prazo. Afinal, a alimentação consciente parece ser mais sustentável do que as abordagens convencionais que lidam com situações emocionais que influenciam a alimentação.
Evidências de pesquisas atualizadas mostram um efeito benéfico da alimentação consciente quando aplicada em conjunto com uma dieta saudável e aumento da atividade física, com possibilidade de melhor manutenção dos efeitos a longo prazo.
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Tenha uma nutrição adequada
Faça escolhas alimentares que honrem sua saúde e paladar enquanto fazem você se sentir bem. Você não precisa comer perfeitamente para ser saudável.
Você não terá repentinamente uma deficiência de nutrientes ou ficará doente com um lanche, uma refeição ou um dia de alimentação fora do padrão.
É o que você come consistentemente ao longo do tempo que importa. Afinal, uma dieta balanceada é aquela que leva em consideração a frequência e o tamanho que promove a saúde individual.
Portanto, ouça seu corpo e aproveite a comida e a alimentação, mas não mais do que a vida! Dessa forma é possível ter um emagrecimento saudável, para o corpo e a mente!
Por fim, espero que tenha compreendido a diferença entre alimentação consciente e alimentação intuitiva, e para mais temas como este, siga também meu canal do YouTube!
